Total de visualizações de página

sábado, 7 de maio de 2016

No dia das mães, presto uma singela homenagem a todas as mulheres do mundo

Foto: Minha mãe, Terezinha Ferreira Borges, num belíssimo trabalho de Rodrigo Rahmati (2013)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca

São belas, elegantes, imponentes, onipotentes
São frágeis, delicadas, dedicadas, cansadas
São ousadas, irreverentes, abusadas, carentes
São fortes, valentes, complicadas, impertinentes

De dia são frias, espiam, planejam com precisão
Agem destemidas, provocam a vaidade, escondem a paixão
À noite são anjos, carentes, provocantes, ardentes
Arrancam do nosso peito, suspiros, desejos impertinentes

No dia a dia, na batalha da vida, são valentes guerreiras
Às vezes riem, às vezes choram, mas sempre se erguem
Como estátuas de bronze, como seres indestrutíveis
Nos corações delicados, cansados e frágeis
Escondem a força, a determinação e a vontade imbatíveis

Diante da árdua batalha, da luta interminável
Lá estão elas, resolutas, decididas, reinando absolutas
Com a força, coragem suprema, são sempre implacáveis
Mesmo na melancolia, mesmo no sofrimento são amáveis.

Às vezes, chateadas, apavoradas, superando o pavor
Agem de mansinho, com carinho, superando a dor
Fazem de maneira imprevisível, até o que parece impossível
De maneira impecável, diante do ser insaciável
Tudo perfeito, para manter o ser amado satisfeito

Nós, meros mortais, seres imorais, até irracionais
Diante de sua grandeza, aos pés de sua beleza
Mostramos arrogância da completa ignorância
Queremos mostrar a valentia repleta de covardia
Mas sucumbimos diante da beleza, da delicadeza, da grandeza
Mostrando quanto somos ínfimos, perante tamanha sutileza.

Poema escrito por mim em 18 de dezembro de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário