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quinta-feira, 5 de maio de 2016

A EDUCAÇÃO PRECISA DA FILOSOFIA

Ilustração: Brasil Escola (2016)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Ao observar a sala de aula percebo que grande parcela dos alunos está preocupada em realizar as atividades propostas dentro de um padrão, como se fosse necessário a todo momento existirem parâmetros de comparação que os norteiem. Percebo isto ao propor trabalhos de interpretação de textos e, a partir dos textos lidos, peço a eles que façam uma reflexão sobre o texto disponibilizado e construam o seu próprio texto, em cima de suas próprias reflexões.
Pois bem! Lendo os textos produzidos, observo que a esmagadora maioria tende a conservar a essência do texto a eles apresentados, pouco discordando das ideias dos textos originais. Em minha opinião isto reflete, em última instância, uma falta de percepção de vida, de mundo. Os textos produzidos pela imensa maioria apresentam carência de ideias, de pensamento próprio sobre sua concepção de vida e de mundo.
Bem, meus caros amigos! Diante disso, é preciso voltar aos clássicos da Filosofia, apresentar a eles (educandos) as diferentes concepções de vida, de mundo, de natureza que existem no campo da Filosofia. A legislação educacional, ao apartar a Filosofia do conjunto de disciplinas centrais para o processo educativo, tira dos nossos alunos as chances e oportunidades de pensar, de tirar suas próprias conclusões e de construírem suas próprias concepções de homem, de vida, de natureza e de mundo. Portanto, a construção de uma educação que forme plenamente o sujeito aprendiz passa, necessariamente, por apresentar aos nossos alunos as diversas concepções filosóficas de mundo, de homem e de natureza. É lógico que nós, enquanto professores, não podemos nos isentar, nos furtar de apresentar nossas convicções, pois, afinal de contas a escola retrata as contradições e diferenças da sociedade. Devemos encarar a sala de aula enquanto um espaço dialógico onde se trabalha o processo indissociável de ensino-aprendizagem que, por sua vez, é dialético.

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