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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

POR ONDE ANDARÁ ESSA TAL FELICIDADE?

Fonte: Continental Filmes (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Aproveito este espaço do Face para filosofar um pouquinho! Escolhi como ordem do dia a tal da “felicidade”. Este é um vocábulo que não tem conceito, trata-se de uma abstração do subjetivo humano. Alguns dizem se tratar de um “estado de espírito” (metafísica), outros referem-se a ela como um objetivo que acreditam ser possível a dois, numa relação amorosa, ou até mesmo num grupo de amigos que possuem certas afinidades.
Porém, a meu ver, essa tal felicidade, primeiramente tem que ser pensada no coletivo e não de forma isolada, individualista, egocêntrica. Se ela se trata de uma dádiva natural, então é uma condição humana a que todos têm direito. Então, mais uma vez se reforça a ideia do coletivo.
Mas, se fugirmos da análise se superfície para escavar a realidade, veremos que se trata de um termo que não tem significado nesta sociedade onde o homem explora ferrenhamente sua própria espécie. Penso que a felicidade seja uma condição onde o ser humano esteja em seu mais alto grau de plenitude como ser humano. Neste sentido, ela se liga à formação da consciência, na evolução humana para a condição de ser social, onde ela seja capaz de intervir no mundo para transformá-lo, que ele capaz de se enxergar e se contemplar num mundo criado por ele, por intermédio do trabalho, categoria essencial para a existência significativa do homem em sua relação com a natureza.
Mas, para alcançar este estágio de se auto perceber como um ser social, ele precisa refinar sua consciência no sentido de perceber as finalidades maiores de estar no mundo e, finalmente, para isso ele precisa extinguir todas e quaisquer formas de alienação, inclusive aquelas derivadas do seu próprio trabalho e de sua condição de exploração, a qual se processa por intermédio da superestrutura política, econômica e social, mola mestra para o funcionamento deste atual modelo econômico de produção. Assim, neste sentido, a tal felicidade somente poderá ser alcançada na superação de todas as formas de dominação oriundas deste modelo de exploração do homem pelo próprio homem.      

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