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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Pensar a ciência: mais uma vez, o caso Mariana (MG)!

Foto: Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca (2015
Fonte: bbc.com (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca

É preciso pensar e repensar a ciência sempre! A ciência e grande parte dos cientistas modernos têm perdido, de forma exponencial, a capacidade de pensar em profundidade! Na maioria das vezes pensam na superficialidade e se esquecem de mergulhar na essência dos problemas maiores da pesquisa, de escavar a realidade e ir ao cerne das discussões.

Tomemos como exemplo, novamente, o caso da tragédia de Mariana (MG). Um desastre socioambiental de proporções fenomenais, beirando uma hecatombe! Ao ouvir as opiniões dos cientistas modernos sobre o problema de Mariana (MG), mais se confirma minha tese sobre a quase ausência das reflexões científicas (por parte dos cientistas), o que na maioria dos casos, leva a soluções que, em grande parte das vezes, são mais prejudiciais do que o próprio problema que se propõem a resolver.

Acontece que a ciência atual quer procurar soluções técnicas e mecânicas para a grande maioria dos problemas que dependem da dinâmica da própria natureza ou da dinâmica natural dos ecossistemas terrestres e aquáticos. O problema da tragédia de Mariana é um caso típico! Ele foi provocado pela intervenção incorreta de tecnologias (humanas por sinal) e, pior ainda, pela ausência completa de planejamento de ações de monitoramento e/ou de prevenção.

E, quando o problema se mostra em toda sua plenitude, emerge com toda sua força, voltam os palpites tecnicistas e, novamente, se esquecem que, mais do que nunca as soluções estão ligadas, conectadas à dinâmica natural das águas fluviais e da capacidade de autodepuração dos corpos d’água de superfície. O mais relevante que podemos fazer se refere a ações pontuais e ao monitoramento dos aspectos ambientais, tais como análises de solo, água, DBO, DQO, dentre outros. Ou seja, os problemas decorrentes da catástrofe de Mariana só serão minimizados dentro do tempo da natureza, o que pode levar de 30 a 50 anos. É o tempo da natureza! E ela, meus caros amigos, não toma por base as fragilidades de nossas tecnologias!

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