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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O SOFRIMENTO HUMANO COMO MERCADORIA ÚLTIMA!

Fonte: fiofino.blogspot.com (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
Meus amigos! Minhas amigas!
Vocês já pararam para pensar o quanto nós, seres humanos estamos sendo consumidos por esta tal sociedade do consumo? Vejamos! Acordamos de manhã e vamos trabalhar (a grande maioria para sobreviver), depois engolimos um almoço correndo porque não podemos atrasar para a jornada da tarde. Ao fim do dia, extenuados, voltamos para o nosso lar (aqueles que têm um lar para voltar). À noite, somos quase que obrigados “engolir goela abaixo” as notícias que querem que ouçamos, ou seja, morte, assassinato, estupro, prostituição infantil, roubos, extorsões, propinas, corrupção, desastres e tragédias sociais e ambientais, dentre outras coisas. No intervalo tem propaganda de consumo e até de violência. Nas novelas tem mais consumo e mais violência.
Durante o dia, passamos em frente às lojas e vemos sempre os mesmos anúncios: compre isso, compre aquilo! Às vezes nos deparamos com mercadorias que sequer sabemos para que servem, mas o fetiche do consumo nos seduz para continuarmos comprando, produzindo mais mercadorias, gastando mais recursos naturais, aumentando exponencialmente todo tipo de poluição e produzindo montanhas e mais montanhas de lixos e detritos de todas as formas. Desequilibramos o ambiente, comemos comida produzida às custas de venenos (defensivos agrícolas para a indústria), aumentamos o número de doenças (entre elas o câncer), reinventamos a dengue sob diversos nomes e botamos toda a culpa no Aedes aegypti.
Aí, notamos que o produto mais consumido é o sofrimento e a desgraça humanos. Estas são as mercadorias que movem segmentos inteiros da cadeia produtiva capitalista: insumos e defensivos (para produzir doenças), indústria de medicamentos, para fingir que cura as doenças. É claro, pois se curarem as doenças a indústria de medicamentos entra em falência. Também as notícias que mais vendem são aquelas que versam sobre o sofrimento e desgraça humanos; até o jornaleiro sabe, quando ele brada “Comprem o jornal! Deu morte!”. Aí perguntamos: para onde vai a essência da existência humana?   

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