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domingo, 20 de dezembro de 2015

EU QUERO UMA CASA NO CAMPO!

Fonte: ruralpecuaria (2015)



Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
“Eu quero uma casa no campo! Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos, meus livros e nada mais!”. Estes singelos versos da letra da canção de Zé Rodrix e Tavito são magníficos e apropriados para uma bela reflexão acerca dos grandes problemas e abalos decorrentes dos stresses gerados a partir do fenômeno da urbanização na sociedade dos tempos d’agora.
Já vão longe os tempos onde se podia passear tranquilamente nos bondinhos de Santa Teresa (na cidade maravilhosa) ou mesmo tomar um bom chá nos bares da Urca. E, o pior de tudo é que existe um monte de gente que tenta nos convencer de que tudo isto é qualidade de vida. Que não podemos ser felizes sem esta parafernália toda, que não podemos viver sem os ruídos estridentes, sem o “neon” da poluição visual e sem o veneno dos enlatados que consumimos nos Shoppings Centers e até mesmo em nossa própria casa.
Criam-se valores estéticos de acordo com as regras do consumo, onde todos os nossos atos são milimetricamente controlados pela “estética” artificialmente induzida, forçada, que tem como principal função determinar o que é belo ou feio, o que está na moda ou fora dela, do que devemos gostar e o que devemos desprezar. Já não podemos escolher, escolhem por nós. Já não podemos pensar, pensam por nós.
Bem, meus caros leitores! Estes são os valores encontrados como marca do bem-estar desta sociedade, como símbolo maior dos valores que escolheram para dar significação à nossa existência. E, é por tudo isto que eu reafirmo a canção de Zé Rodrix: “Eu quero uma casa no campo! Onde eu possa ficar no tamanho da paz [...]. Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos, meus livros e nada mais!”

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