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domingo, 19 de outubro de 2014

Num reino não muito distante: versão II




Prof. Dr. Valter Machado da Fonseca
“[...] Um Rei mal coroado não queria o amor em seu reinado
Pois sabia não ia ser amado” [Geraldo Azevedo]
Conta a lenda que havia, num reino não muito distante, “um rei mal coroado” que não queria o amor em seu reinado. O rei, assim que tomou posse do trono, resolveu mostrar sua verdadeira face. Era um rei que não se importava com os problemas de seu povo. Agia, de fato, mais como um ditador do que como um monarca amado pelos seus súditos.
O tal reino era habitado por uma população de bem que depositara grandes esperanças em seu rei, até que ele resolveu mostrar quem de fato era. Este reino se chamava Minas Gerias. Um reino que tivera no passado muitas riquezas, as quais o rei tratou de guardar para si e para os seus. Conta a lenda que o tal rei era um homem cruel, que achava que sabia de tudo, que entendia de todos os assuntos de seu reino. Mas, na verdade, sua prepotência era tamanha que ele, obcecado pelo poder que o próprio povo lhe concedera, resolveu governar em nome de suas verdades, ao invés dos desejos de seu povo. Obcecado pela cobiça, ele se cercou de pessoas incompetentes para os cargos para os quais ele as designara.
Conta a lenda que o rei, que nada entendia de educação, resolveu tomar medidas sem ao menos consultar os membros de seu reino, tomando para si os destinos da educação do seu povo, principalmente das crianças mais pobres do reino. De início, ele sucateou a Educação Pública deixando as crianças em condições extremamente precárias, achatando ao máximo o já baixíssimo salário doa professores. Ele obrigou a todos os professores das escolas de seu reino a usarem os livros que interessavam diretamente aos seus intentos a aos de seus nobres, não dando aos professores, sequer a chance de debaterem o assunto. Conta a lenda, que o tal rei resolver investir grande fortuna em propaganda de obras que ele nunca realizara, em uma educação que ele nunca valorizou. E as crianças humildes, pobres crianças!!! Tiveram que abandonar seus modos de estudar para acatar as ordens do rei: tinham que estudar em condições paupérrimas, sem sequer o mínimo direito de questionar.
Conta a lenda que o rei mandou fazer uma festa para comemorar sua nova maneira de educar as crianças pobres. Conta a lenda que a imprensa séria do reino tentou divulgar os acontecimentos. Mas, o rei, com toda sua crueldade tratou de perseguir a imprensa demitindo muitos deles.  O rei, furioso por ver que nem todos caíam em seu canto de sereia, mandou expulsar de seus cargos, jornalistas e diversos professores que discordavam de seu reinado.
Caros leitores! Vejam, vocês!!! Um rei que é capaz de agir desta forma contra seus súditos, contra as crianças humildes do reino, será capaz de qualquer coisa. Um rei que brinca com a educação para satisfazer suas próprias ambições e as ambições dos duques e barões, deve ser capaz de coisas realmente monstruosas. Um rei que fala de democracia, mas cuja prática se aproxima das piores ditaduras não serve para governar nem uma pequena província, muito menos um reinado habitado por gente de bem.
Prezado leitor, fique atento! Esta lenda pode acontecer em seu país! Qualquer semelhança com os fatos contidos nesta fábula poderá não se tratar de mera coincidência, mas poderá ser a mais pura e cruel realidade. Por isso, meu caro leitor, fique atento e tome muito cuidado, pois muito perto de você poderá haver um rei tão monstruoso e cruel como esse. Poderá haver um rei que tenha a cruel intenção de governar todo o país. É preciso que fiquemos atentos e rejeitemos, com todas as nossas forças, este rei cruel, dissimulado e mal amado por seu povo!  

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