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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Colocando uma tampa de aço sobre Chernobyl

Fonte The New York Times (2014)

Fonte The New York Times (2014)

Por NTV
Contra o horizonte daqui, um projeto único de engenharia está se erguendo próximo aos escombros do pior desastre nuclear civil da história. Um exército de operários, protegidos da radiação por grossas lajes de concreto, está construindo um enorme arco, revestido por aço inoxidável suficiente para cobrir a Estátua da Liberdade. A estrutura é tão de outro mundo que parece ter sido abandonada por alienígenas nesta paisagem industrial da era soviética. Se tudo correr como planejado, em 2017 o arco de 29 mil toneladas métricas será delicadamente empurrado sobre blocos de teflon para cobrir o abrigo em ruínas construído para sepultar os restos do reator que explodiu e se incendiou aqui em abril de 1986. Quando suas extremidades forem fechadas, ele poderá conter qualquer poeira radioativa caso o velho abrigo desabe.
Ao praticamente eliminar o risco de contaminações atmosféricas adicionais, o arco removerá a antiga ameaça de uma reprise (mesmo que limitada) daqueles terríveis dias há 28 anos, quando a precipitação radioativa envenenou as planícies por quilômetros ao redor e transformou vilas em cidades fantasma, cheias de ecos de vidas abandonadas. O arco também permitirá que se inicie o estágio final da limpeza de Chernobyl – uma árdua tarefa de remover os destroços altamente contaminados para um armazenamento permanente e seguro. A preocupação é que esse trabalho saia do controle internacional e caia nas mãos da Ucrânia, especialmente quando a Rússia ameaça as fronteiras do país.
Por enquanto, porém, o arco é um sinal de progresso. "É uma estrutura impressionante", declarou Nicolas Caille, diretor de projetos da Novarka, consórcio de construtoras francesas responsável pela construção. "É impossível compará-lo a qualquer outra coisa".


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