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quarta-feira, 10 de julho de 2013

A INEXISTÊNCIA DO SER

Valter Machado da Fonseca
No início... A procura, a ilusão
Mistura a ânsia, o desespero, a paixão
O caminho... vazio, deserto, seco
Encontram-se o medo, a angústia, o beco
 
Nova fase, energia, entrega, esperança, ficção 
A procura, carícia, prazer, a paixão
Descoberto, o abismo, desânimo, frustração
O nove é velho, o vazio, a desilusão

A ausência do conteúdo, da essência, da razão
O ser oco, desnudo, amorfo, irreal
Presença da mão, aberta estendida, vazia
Oferece o nada, o ridículo, a saudade, a prostração,
Das sombras, do vácuo, oculto, reluzente, o punhal
Mortífero, traiçoeiro, afiado, fatal!

O túnel, o vento, a luz, a solidão
A mulher, radiante, sublime, nua, oferece
O carinho, carícias, afagos, êxtase, tesão
Preenche, macula, desafia, promete
O novo, o desconhecido, a confiança, o amor
Traiçoeiro, mentiroso, falso, como o punhal.

O ser calado, triste, sombrio, desiludido,
Tenta se levantar, enxergar, entender, sem sofrer,
Finalmente acorda ... se depara com o sólido, o real,
Vê o amor... voltando, a mulher, a vida,
Nada passou, tudo volta ao início... a procura, a ilusão,
Ah! ... o amor, ah!... a ânsia, a paixão.

De novo, no caminho, deserto, sombrio
A mulher, radiante, nua, o beijo amargo, fatal
Oferece a procura, carícia, prazer, paixão,
Ah!... mulher, ah!... vida
Ah!...essa mulher em minha vida!          

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